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Pandemia empurrou a sociedade para o digital. Como será o mundo depois?

Por um lado, um aquecido e insensato debate político e econômico em conflito com a saúde como se as duas questões não estivessem altamente correlacionadas e interdependentes. Por outro lado, um vírus que empurrou a sociedade para o digital, um modelo que já era experimentado nos nossos hábitos há anos, mas definitivamente a emergência desta crise tornou ainda mais urgente a transformação digital e a adaptação de processos. A Covid-19, sem dúvida, acelerou uma cultura que estava em andamento em muitas empresas e o impacto dessa pandemia demonstrou claramente às organizações como a transformação digital é vital para a sobrevivência de qualquer empresa e serviço.

E como será depois desta comprovação aprendida à força? O coronavírus foi um acelerador da digitalização e forçou uma dinâmica de trabalho 100% remoto, fazendo as empresas experimentarem desde as funções internas, até as reuniões, as viagens e as relações comerciais à distância. O que antes era apenas um complemento de trabalho presencial, vai se tornar um padrão de trabalho. Mas a aceleração mais interessante será na mudança de mentalidade, tanto de consumidores, como de empresas, que abraçarão cada vez mais o “digital first approach”. O que precisa ficar claro neste cenário é que a experiência digital não será mais apenas complementar aos canais tradicionais, mas passará a ser a principal maneira de interação e negócios.

Ao final dessa equação, teremos um mundo em que os negócios se voltarão não apenas à criação de valor para o cliente, garantindo uma boa experiência, mas também uma convivência virtual, com o sentimento de engajamento e pertencimento que reúne o cliente, o colaborador e o parceiro, todos num ambiente de compartilhamento e unicidade. Depois da pandemia, surge um mundo digital, acelerado para um cenário que naturalmente ocorreria daqui, aproximadamente, dez anos. Quem se preparar para isso, seguirá o curso natural dos negócios.

*Filippo Di Cesare é CEO da Engineering Latam (Brasil e Argentina), companhia global de TI e Consultoria especializada em Transformação Digital

A transformação digital nunca acaba?

No início de 2020, a Sentara Healthcare obteve em média 20 visitas de telessaúde por semana. Três meses depois, com a Covid-19 se espalhando rapidamente pelo Estados Unidos e fechando os negócios como de costume, a organização sem fins lucrativos, viu esse número explodir, subindo para 14.000 por semana até março e abril.

O Setor de TI estava pronto para esse aumento, não porque se moveu rapidamente para implementar novas soluções especificamente em resposta à pandemia, mas porque estava em sua jornada digital e, portanto, pronta com as capacidades e recursos para se conectar digitalmente com o seu consumidor.

Especialistas dizem que as organizações e suas equipes precisam pensar na transformação não como um programa ou projeto com data de início ou término, mas como uma nova maneira de operar.

“Os executivos falam sobre o envolvimento na transformação digital, e isso é uma coisa boa, mas acredito que a transformação digital tem um objetivo muito mais elevado: ser mais ágil e responsivo à mudança. O elemento digital são as ferramentas que você usa para fazer isso”, diz Trent Mayberry, Diretor Digital da UST Global.

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