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O ano em que o 5G e a computação de borda devem transformar a sociedade

Poucas vezes tivemos a oportunidade de perceber de forma tão clara a relevância da tecnologia como no último ano. Com o cenário de distanciamento social exigido pela pandemia, muitos dos serviços associados à saúde, educação, trabalho, lazer e comunicação só continuaram a existir graças ao uso dos recursos tecnológicos. E a expectativa é que, em 2021, essa evolução na relevância da tecnologia siga como um aspecto essencial para a retomada da economia e para reduzir as desigualdades sociais no Brasil e no mundo.

Entre as tecnologias que devem ganhar protagonismo neste ano está a computação de borda – ou edge computing. Isso porque, com a expectativa de implementação das redes 5G e o consequente aumento no volume de dados gerados e trafegados, a computação de borda será essencial para o avanço na criação de novos serviços e aplicações que transformarão a vida das pessoas.

De acordo com dados da Markets and Markets, o mercado mundial de computação de borda deve crescer 34% até 2024, passando de US$ 3.6 bilhões para US$15.7 bilhões. E essa ampliação será ancorada na demanda da população de usar as novas possibilidades geradas por conexões mais rápidas para as mais diversas atividades – do uso de realidade virtual e aumentada para jogos até as facilidades de uma casa inteligente e especialmente nos novos serviços que serão utilizados por empresas de saúde, transporte, governo, manufatura, varejo, entre outros, que irão se beneficiar da alta capacidade de conectividade da tecnologia 5G para proporcionar novas experiências para os seus clientes.

A computação de borda com a Internet das Coisas (IoT), no entanto, vai ser essencial para garantir avanços em questões essenciais e urgentes para o Brasil. A criação de novos serviços de saúde e a melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem em grandes centros urbanos – a partir do conceito de cidades inteligentes – e melhoria na qualidade do transporte são algumas dessas questões.

Esse conceito deve também acelerar a transformação das casas em hubs de todas as atividades pessoais e profissionais. Não à toa, alguns dos destaques da última CES – maior evento de tecnologia do mundo – foram justamente as inovações em dispositivos domésticos inteligentes, com aspiradores de pó robóticos e luzes inteligentes. Mas a expectativa é que com a computação de borda os avanços sejam ainda maiores com a possibilidade, por exemplo, do uso de IoT para transformar os dados colhidos nos equipamentos domésticos para realizar recomendações de saúde personalizadas, contribuindo assim para o bem-estar físico e emocional dos indivíduos.

A computação de borda já está presente em muitos lugares e há muito tempo. A novidade, agora, é que há uma convergência dessa tecnologia com o IoT para explorar as infinitas possibilidades geradas pela adoção de 5G. Isso reduz a distância entre os tempos de processamento e de consumo das aplicações, o que permite serviços confiáveis e em tempo real.

A computação de borda também permite baixa latência para que cargas de trabalho pesadas possam ser processadas com rapidez. Isso vale principalmente para ambientes que exigem análises de dados de inteligência artificial e ações em tempo real.

Na medida em que as discussões acerca do 5G aceleram e amadurecem no Brasil, as empresas que estiverem mais preparadas para usar a computação de borda para criar produtos e serviços inovadores tendem a ganhar uma importante vantagem competitiva no mercado. Um movimento que já chama a atenção de setores como manufatura, varejo, saúde e transporte.

No entanto, para essa transformação do 5G ser completa e rápida, de modo a contribuir efetivamente para a retomada econômica e social do país, há um componente fundamental que precisa ser considerado nesse debate: a metodologia de estrutura de rede chamada Open RAN, que consiste em uma Rede de Acesso por Rádio (RAN) inteligente, aberta e integrada por plataformas de computação de uso geral, com funções flexíveis, escaláveis e definidas por software.

Ao contemplar infraestruturas mais ágeis e desacopladas como a tecnologia Open RAN, torna-se possível democratizar a escolha do melhor modelo a ser utilizado pelas empresas de telecomunicações, proporcionando as operadoras um maior poder de escolha, através da participação de um número maior de fornecedores de solução, trazendo como consequências positivas um maior nível de eficiência para a rede de acesso móvel, visando assim reduzir custos e acelerar a adoção do 5G.

É fato que novos patamares de eficiência e produtividade serão alcançados com 5G. Mas será a convergência entre a computação de borda e a IoT, proporcionada por infraestruturas mais ágeis, interoperáveis e flexíveis, que permitirá utilizar as imensas quantidades de dados gerados e processados para criar novos serviços e aplicações que beneficiarão a sociedade, as empresas e a economia.

*Raymundo Peixoto é vice-presidente Sênior de Data Center da Dell Technologies na América Latina

Dicas sobre saúde mental de equipes para lideranças

Mais de um ano após o início da pandemia, o bem-estar dos colaboradores continua uma pauta muito importante para as lideranças. Talvez por isso o número de empresas oferecendo soluções de saúde esteja crescendo tanto, e não só aquelas voltadas para a saúde física, mas também a mental e a emocional

Um estudo da American Psychological Association (APA) divulgado em março coloca, entre as dez principais tendências da área, o tópico “Os líderes estão aumentando o apoio à saúde mental”. Ele aponta que dois terços dos trabalhadores relatam que problemas dessa natureza prejudicaram o desempenho profissional durante a pandemia.

“É preciso propor ações de conscientização, tais como palestras ou treinamentos com foco em saúde mental. Essas iniciativas são importantes para abrir o diálogo e começar essa jornada de cuidado integral”, pondera Adriana Matias, head de recursos humanos da Runtalent, empresa especializada em recrutamento. “O engajamento, tanto dos gestores quanto dos funcionários, é essencial para que as medidas sejam implementadas.

Para a especialista, o estudo mostra o quão desafiador é falar sobre saúde mental no contexto da quarentena. Diferente de doenças físicas, a maioria das enfermidades psicológicas é difícil de identificar. Mas ela dá algumas dicas que todo líder pode implementar para demonstrar empatia e ajudar os colaboradores.

1. Treine os gestores

As lideranças devem compreender que a saúde mental precisa ser tratada como prioridade nas empresas. Esse é o primeiro passo para manter o clima organizacional em alta e, assim, contar com colaboradores engajados e produtivos.

Por isso, os gestores precisam ser treinados para lidar com as questões de saúde mental que surgem no cotidiano da empresa. Logo, é preciso ter um olhar atento e humanizado para observar caso a caso e conduzir a saúde mental do colaborador de forma personalizada. 

2. Monitore o engajamento

Em qualquer circunstância da vida, pessoas engajadas demonstram entusiasmo, são mais positivas e sentem orgulho em fazer parte de algo ou de um time. Assim, para monitorar o comprometimento das equipes, invista em pesquisas de satisfação com os funcionários, aplique questionários de engajamento e colete feedbacks constantes.

3. Conscientize os colaboradores

Assim como os gestores, os colaboradores também precisam ter consciência sobre a importância da saúde mental no trabalho. Para ajudá-los, promova campanhas a respeito do tema, organize palestras com especialistas da área, desenvolva workshops e compartilhe conteúdos relevantes. 

4. Promova o equilíbrio entre vida pessoal e profissional 

Um ambiente de trabalho saudável precisa de equilíbrio entre a vida profissional e pessoal do colaborador. Com isso, para evitar o esgotamento mental causado pelo excesso de trabalho, as empresas apostam em políticas menos rígidas.

Permitir horários flexíveis para que os funcionários trabalhem em momentos que consideram mais produtivo são boas iniciativas para aumentar a qualidade de vida no trabalho e fora dele.

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