Facebook concorda em resolver ação coletiva relacionada à violação de dados da Cambridge Analytica
O processo de quatro anos alegou que o Facebook permitiu que a consultoria política acessasse dados privados de mais de 80 milhões de usuários
A Meta Platforms, controladora do Facebook, concordou, na sexta-feira (26), em resolver uma ação coletiva que pede indenização à empresa por permitir que a consultoria política britânica Cambridge Analytica acessasse os dados privados de dezenas de milhões de usuários do Facebook. O acordo poupará o CEO, Marc Zuckerberg, de uma embaraçosa aparição no tribunal para defender sua empresa.
Advogados que atuam em nome dos reclamantes e do Facebook entraram com um pedido conjunto no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Norte da Califórnia na sexta-feira, pedindo ao juiz que suspendesse a ação coletiva por sessenta dias, enquanto as duas partes finalizavam um acordo por escrito – valor ainda não divulgado. O processo de alto perfil está em andamento há mais de quatro anos e afirma que o Facebook compartilhou dados de milhões de eleitores dos EUA com a Cambridge Analytica.
“Como as Partes chegaram a um acordo em princípio da Ação e acreditam que isso facilitará o processo de finalização de um acordo por escrito e apresentação ao Tribunal para aprovação preliminar, as Partes solicitam conjuntamente a suspensão da Ação por sessenta (60) dias”, escreveu Lesley E. Weaver, advogada colíder dos reclamantes no processo, acrescentando que os advogados de ambos os lados apoiaram o pedido.
A ação foi movida por um grupo de usuários que alegou que um aplicativo de teste do Facebook chamado “This Is Your Digital Life”, criado pela Cambridge Analytica, coletou dados de usuários que incluíam dados que descrevem os amigos do Facebook dos usuários, potencialmente acessando as informações pessoais de mais de 80 milhões de pessoas. Diz-se que o aplicativo foi baixado por mais de 300.000 usuários do Facebook. Todos esses dados foram supostamente usados pela empresa do Reino Unido para criar perfis de eleitores dos EUA e segmentá-los com anúncios políticos.
Por: Varun Aggarwal, CSO