Uma empresa de tecnologia é a moda de amanhã

O que podemos aprender com a indústria da moda, uma das primeiras a traçar planos e desenhar alternativas para responder ao novo momento da sociedade.

Uma empresa de tecnologia é a moda de amanhã”. Há alguns anos, durante um dos painéis do Business of Fashion Voices, o produtor musical norte-americano Will.i.am e o Chief Digital Officer do grupo de luxo francês LVMH – dono de marcas como Louis Vuitton e Dior –, Ian Rogers, debatiam sobre a relação entre música, moda e tecnologia. Em meio à conversa e a troca de insights, um momento peculiar aconteceu quando o integrante do Black Eyed Peas afirmou que os mundos ali representados iriam ser integrados, ou melhor, já estavam convergindo. A “moda de amanhã” estava acontecendo naquele momento, representada pelo fato de que o produtor conversava com alguém que havia deixado o universo da tecnologia para mergulhar de cabeça no mundo da moda. Rogers havia acabado de completar um ano no cargo na LVMH após ter trabalhado na Apple.

Quatro anos depois, a discussão sobre a importância da tecnologia e da inovação segue permeando a mesa de debates em diversas indústrias. Em tempos de Covid-19 e de todas as adaptações que a pandemia fez necessárias, as organizações estão começando a se ajustar a uma nova realidade, na qual iniciativas de transformação digital precisam ser aceleradas urgentemente. Não é mais a “moda de amanhã”. É a necessidade do agora.

Conforme um novo capítulo global se desenrola, as possibilidades que cruzam o horizonte parecem ilimitadas. Realidade aumentada, impressão em 3D e sustentabilidade são apenas alguns dos temas que aproximam cada vez mais a moda do mercado de TI. Esta parceria fornecerá oportunidades de aprendizado, ou correlação de metodologias que podem ajudar ambos os lados a ficar mais fortes e “The Ten” é um exemplo desta rede. Virgil tem um Mestrado em Arquitetura, o que nos leva de volta aos paralelos em comum que a Arquitetura e a Arquitetura de Software têm. A próxima ideia de Virgil pode ser parte desta expansão, e acho que provavelmente seguirá a definição dele de colaboração esgotada-em-menos-de-um-minuto com a Nike: “nada menos que o estado-da-arte do design”.

*Gabriel Sampaio é arquiteto do Open Innovation Labs LATAM na Red Hat